O Acervo de Peças Anatômicas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) tem o intuito de expor à comunidade acadêmica e não acadêmica o que o corpo humano é capaz de propiciar, preservando elementos que despertam curiosidade. O projeto de extensão existe desde 2008 e fica localizado em frente ao bloco de Química da Universidade, próximo ao lago do amor.
Os responsáveis pelo acervo estão trabalhando para que o local seja reconhecido como um museu de anatomia. O nome sugerido para o espaço foi Valfrido Rodrigues dos Santos, técnico, agora aposentado, que dedicou 30 anos ao Laboratório de Anatomia da Instituição, admirado por professores e acadêmicos. Entretanto, a aprovação foi retroagida, pois espaços físicos só podem ser nomeados homenageando pessoas falecidas.
O acervo é objeto de pesquisas concluídas e em andamento e recebeu por anos visitas de escolas públicas e particulares, mas atualmente são poucos os visitantes externos. O local conta com 53 peças, dentre elas órgãos com anomalias patológicas e anatômicas, como coração com marca-passo, rim com pedras e fetos não desenvolvidos. Utilizam também de diversidade técnica para manipular os órgãos e preserva-los.
As peças são retiradas de cadáveres não reclamados que, conforme a lei, devem ser utilizados pelas instituições para a finalidade de ensino. Segundo a professora Jussara Peixoto, responsável pelo setor de Anatomia Humana e pelo projeto de implantação do Museu, o acervo não recebe peças há mais de 10 anos. Ela sugere que uma das causas para isso acontecer foi uma iniciativa da administração pública, que remunera funerárias para sepultar indigentes. Os responsáveis pretendem dar início a um projeto de doação de órgãos para a universidade. “Eu mesma vou doar!”, afirma a professora.
Para quem se interessar em conhecer o acervo, basta ligar para o telefone 3345-3532 e agendar uma visita com os técnicos.
Conheça também o site do acervo: http://proext.ledes.net/